Johnson Tsang: Ilusão e movimento

Uma das várias esculturas da série "Yuanyan", 2003.


Pouco se sabe sobre o artista Johnson Tsang, ou simplesmente Tsang-Cheung Shing na internet, seja qual for o idioma. Porém, este Mestre de Hong Kong da escultura em porcelana nos mostra com precisão a arte de congelar o movimento com maestria surpreendente.


"Conversion", 2004.

Raras são as vezes que pude admirar esculturas que representassem de forma tão impressionante o movimento de forma estática, em específico a modelagem de líquidos. Um exemplo que a maioria conhece é a escultura “Alegoria da República” de Luiz Brizzolara, localizada na Praça Ramos de Azevedo, no coração da cidade de São Paulo (popularmente chamada de “Fonte dos Desejos”, que merece post à parte): o tropel de cavalos realmente dá a ilusão de que a composição está se projetando para fora da parede em direção à praça, numa perfeita construção de linhas em movimento.

"Splash of Wonder", 2011.


Mas Mestre Shing vai mais além. Além de construir as linhas sobre o estado elemental mais difícil de ser representado de forma estática - o líquido - em séries como "Open Minds" ele dá a ilusão de maciez e plasticidade até nos material mais rígidos, tais como aço inox, porcelana e vidro.

"Open Mind II", 2016.

"Open Mind V", 2016.

"A Painful Pot", 2013.


A peça em cerâmica mais popular, conhecida como “Coffee Kiss”, é chamada de Yuanyang II, é uma das coleções do Hong Kong Museum of Art e agora é exibindo no saguão central do Aeroporto Internacional de Hong Kong (HKIA).

"Yuanyang II" ou "Coffee Kiss", 2003.

Mais deste maravilhoso artista pode ser visto em seu website, em sua galeria Artsy e em sua página no Facebook.
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