Assassin's Creed Rogue: detalhismo e fidelidade histórica

"Arctic Path", de Raphael Lacoste.

Bora comentar a concept do game recentemente zerado por mim e que, com certeza, entrou para o meu top 20 de melhores jogos até o momento: Assassin's Creed Rogue (Ubisoft, 2014)! 

Resumo e Opinião

Baixei Rogue sem muitas expectativas - afinal, já conheço bem a franquia e achei muito difícil que fosse melhor que Assassin's Creed IV Black Flag. Aliás, para mim, nenhum até hoje superou o IV e todo game da franquia vai ser pautado por ele, para saber se gosto ou não - aliás, isso se deve não só à dinâmica fantástica de jogo de Black Flag e suas batalhas navais, mas também ao enorme carisma de Edward Kenway, de longe meu pirata assassino favorito de toda a franquia.

Porém, Rogue surpreendeu por uma série de fatores que comentarei adiante. Enquanto jogava, finalmente compreendi quem de fato era Haytham Kenway, o filho de Edward que eu simplesmente odiei, e dos próprios Templários - aliás, eu quase morri de desgosto em Assassin's Creed III quando descobri que Haytham era um Templário. Nessa linha de tempo, os Templários deixaram de ser somente 'os vilões' para ser 'o outro lado da mesma moeda'.


Haytham Kenway e Shay Cormac
Aliás, discussão entre Haytham e seu filho Connor em AC III deixou muito claro o lado dos Templários: "não existe liberdade sem ordem" - e que, no final, o Credo dos Assassinos são somente anarquistas cujo desejo de liberdade e ausência de regras beira a inocência, visto que no final das contas o mundo não está pronto para usufruir da liberdade plena. Achilles - atual mentor do Credo nas Américas - estava cego pelo poder, precisava ser parado de alguma forma e o ex-assassino e atual Templário Shay Patrick Cormac foi o instrumento perfeito.
Depois disso, mesmo ainda adorando Edward e a filosofia dos Assassinos, me tornei fã dos Templários e sua ideologia, e admirar ainda mais Shay Cormac e Haytham Kenway. Acabei adorando o jogo, e sua criação foi o desfecho perfeito deste arco histórico envolvendo Assassinos e Templários.

A história se desenrola cerca de 30 anos após os eventos de Black Flag - entre 1756 e 1763, durante a Guerra dos Sete Anos - e conta com o reaparecimento de personagens como o ex-escravo assassino Adewalé, que foi amigo e contramestre do próprio Edward. Portanto, a acuidade histórica foi outro ponto forte nesse jogo: personalidades reais e proeminentes da história britânica norteamericana como Benjamin Franklin, George Washington e até mesmo o célebre navegador James Cook se se fizeram presentes, dando ainda mais riqueza e fidelidade ao gameplay.

Concept Art


Encabeçados pelos artistas Eddie Bennun e Ivan Koritarev - que também encabeçaram os projetos artísticos de outros jogos da franquia pela Ubisoft Sofia - a arte conceitual é excelente e historicamente precisa. Entre a beleza das paisagens naturais de uma América praticamente inabitada, imagino o esforço das equipes e desses artistas em reconstruir cenários hoje habitados quase em sua totalidade. O parte do gameplay que acontece na antiga Nova York é um bom exemplo disso.



Fontes: conceptartworld.com/ e designersarchives.wordpress.com

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